A história começa quando, em 1591, os índios de Oyacachi recebem das mãos de Dom Diego de Robles, um artista espanhol, a escultura da imagem, em troca de madeiras de fino cedro existente na região.
Segundo a tradição, antes disso a Virgem já havia aparecido várias vezes àquela gente simples e prometera-lhe proteção contra as feras e os estragos das tempestades e dos vulcões, se ali construíssem para ela um altar. Por isso, foi com muita alegria que receberam o presente do artista espanhol. Logo dedicaram-lhe uma gruta natural que passou a ser o local onde todas as tardes se reuniam para entoar louvores e fazer seus pedidos a Nossa Senhora.
Os peregrinos para lá afluíam em tão grande número que Oyacachi tornou-se muito pequena para recebê-los.
Em 1604, por ordem de Dom Frei Luiz López de Sólis, a imagem foi transladada para eI Quinche, uma aldeia maior, distante 50 km de Quito. Centenas de índios e espanhóis acompanharam a procissão e em cada povoado que paravam o povo vinha saudar a Imagem da Virgem com velas, músicas e vivas. EI Quinche preparou-se para recebê-la e colocou-a no altar principal da Igreja do povoado. A partir daí este tornou-se um grande centro de peregrinação.