Deitados na relva, os dois companheiros tentavam dormir. O menino dormiu logo. Alejandro não conseguia adormecer, pois alguma coisa incomodava suas costas. Sem saber se era pedra ou raiz, livrou-se do objeto atirando-o para bem longe. Começava a dormir quando sentiu-se incomodado pelo mesmo objeto. Pegou de novo aquela pedra ou raiz e, para não ser novamente incomodado, guardou-a dentro da mochila.
Ao amanhecer, os dois continuaram a caminhada. Já em casa, Alejandro deixou a mochila com sua mãe, que logo começou a desfazê-la. Enrolado em sua camisa, a mãe encontrou o objeto que incomodara seu filho na noite anterior. Seria uma pedra? Uma raiz? Nada disso. Era uma imagem da Imaculada Conceição, esculpida em madeira.
Aquela família, tomada por um profundo espírito religioso, começa ali mesmo a devoção à Imaculada Conceição de Suyapa.
O primeiro prodígio da Virgem de Suyapa aconteceu com José de Zelaya y Midense, capitão dos Granadeiros. Ainda muito jovem, sofria de sérios problemas renais, e não havia remédio que o curasse. No auge de seu sofrimento, alguém lhe fala da Imagem de Nossa Senhora de Suyapa. Pede para vê-Ia. A mãe de Alejandro deixa que a levem até a casa do capitão. Este a recebe de joelhos e pede-lhe a cura, prometendo construir-lhe uma capela em sua aldeia. Não passaram três dias e o ca-pitão expeliu as pedras que durante anos foram a causa de suas dores.