Nossa Senhora La Puríssima - Padroeira da Nicarágua

Salve, ó Virgem puríssima - Concebida sem pecado.” Essa costuma ser a saudação dos nicaragüenses devotos da Virgem,numa piedosa tradição que vem dos seus colonizadores no início do século XVI. Gil Gonzalez de Á vila, explorador espanhol, devotíssimo de Maria, costumava distribuir aos índios, em suas expedições, medalhinhas e imagens da Virgem. Estes recorriam a ela em suas necessidades e orações.

Essa devoção achou terreno fértil entre os nicaragüenses e floriu na linguagem popular, dentro das famílias, nas canções populares, com o título de Nossa Senhora Ia Purissima, destacando a pureza de Maria.

Hoje as famílias celebram na Nicarágua as "Purissimas", ou novenas dedicadas à Virgem Ia Purissima, em preparação à festa da padroeira, que acontece em 8 de dezembro de cada ano. Ao redor da imagem reúnem-se familiares, amigos e vizinhos para elevar suas preces e louvores à Mãe querida. Essa nove na termina com a "Gritaria", no dia 7 de dezembro, véspera da grande festa, quando os fiéis, em alegria incontida, saúdam a Virgem com o grito tradicional: "De onde nos vem tanta alegria?", e respondem: "Da Conceição de Maria". E à meia-noite ouvem-se os sinos das cidades e das vilas de todo o país, e intermináveis fogos de artifício clareiam o céu para inaugurar o dia festivo de Nossa Senhora Ia Purissima.
Com essa devoção difundiu-se também a oração do rosário. No mês de outubro, celebra-se o "Atabale", costume que reúne o povo, em todos os sábados de outubro, para a reza solene do Rosário. Nesses dias o Atabale, ou tambor, percorre as ruas da cidade, principalmente a cidade de Granada, conduzindo a Imagem da Virgem ao som de instrumentos, de cânticos populares e da recitação dos Mistérios do Rosário.