Ainda hoje a Venezuela é considerada uma das nações mais marianas do mundo. Há no país mais de 40 santuários dedicados à Virgem Maria.
A denominação Nossa Senhora de Coromoto vem da tradicional história de conversão do cacique Coromoto. No começo do ano de 1652, o cacique dirigia-se para a lavoura nas montanhas, na região do rio Guanare. Eis que de repente uma visão: belíssima Senhora, com um menino ao colo, vem em sua direção, andando sobre as águas cristalinas do rio. Aproximando-se, ordena-lhe, em sua língua nativa, que saia do bosque e vá até onde moram os brancos, para receber água sobre a cabeça e assim poder ir para o céu.
As palavras da Senhora convenceram o cacique; e todos os índios, sabendo do ocorrido, quiseram também receber o batismo.
Cacique Coromoto passa a estudar religião, participando de encontros de catequese. Logo, porém, perde o interesse e abandona tudo.
A Virgem aparece-lhe novamente e insiste que continue os estudos. Irritado, achando tratar-se de repreensão da Virgem, o índio atira-lhe uma flecha e avança contra ela para empurrá-la. Quando ia tocar a Senhora, esta sorri e desaparece, deixando nas mãos do índio uma pedra ovalada, na qual estava gravada a imagem da Mãe de Deus num trono, com seu filho ao colo. Essa relíquia é até hoje venerada na Basílica de Guanare.
À morte, picado por uma cobra venenosa, o cacique Coromoto se converte e pede a todos os seus índios que sigam a fé católica.